Teste a MOTO GUZZI Breva

Boa tarde

Depois de ontem ter aproveitado o primeiro dia de férias invernais para uma voltinha de quase 500 km, sozinho, mas muito satisfeito, hoje tive a oportunidade de experimentar a clássica Moto Guzzi Breva 1100.

Esta mota é realmente uma das 3 motas que muito aprecio da marca, a Stelvio, a Breva e a Norge. A Griso, Sport e a Velasio são em meu entender muito específicas e não são boas para o fim a que se destinam a comparar com concorrentes de outras marcas.

Pedro Gordo

A Breva 1100 parada é uma mota com conceitos estéticos clássicos, mas de concepção moderna. Tem pormenores que revelam bem que a Piaggio já investiu muito em tecnologia para a MOTO GUZZI se tornar numa referência, sempre dentro do nicho de mercado dos motociclistas maduros, que já têm um histórico rico de desportivas, turísticas, etc. e agora querem reviver um pouco o antigamente, mas sem abdicar do puro prazer de condução. Exemplo são o monobraço, o design, a imagem elitista, a qualidade dos componentes, travões e suspensões, etc.

Para isso mesmo, a Moto Guzzi Breva oferece um motor V2 a 90º com 1100cc e 95 cavalos (o mesmo da turística Norge), um binário bem distribuido ao longo da gama de rotações, sendo um pouco bruto a baixa rotação, como aliás a Stelvio, mas sem o fosso de potência a médio regime que a trail apresenta e também sem a vitalidade em alta rotação da Stelvio. É um motor com energia mais que suficiente para por em sentido motos com outras aspirações. E o motivo prende-se com a ciclistica. Travões no ponto, com muita potência e muito doseáveis (discos com 320mm e pinças Brembo), um veio de transmissão óptimo (CARC), suspensões com um excelente compromisso conforto/desportividade. Amortece muito bem um piso de calçada, mas não afunda nem destabiliza numa travagem forte à entrada de uma curva. Sem dúvida que quem dá primazia à potência pura, vai preferir uma Z1000, uma Ducati Monster 1100, CB1000R ou uma Speed Triple 1050. Mas esta mota não é bem para essas pessoas... É mais para um cliente BMW Boxer, por exemplo.

A caixa de velocidade é simplesmente soberba e depois de andar na FJR, se aplicar a mesma força na caixa da Guzzi, sou capaz de meter duas de uma vez! Uma caixa de velocidade aveludada, precisa, que nunca se queixa. Excelente!

Ergonomicamente, a moto está bem estudada. Ao contrário da Stelvio, só uma pessoa muito alta ate com o joelho no cilindro esquerdo, as costas permanecem direitas, volante largo, frente incisiva, banco confortável. Levar uma companhia é uma excelente opção para ambos, pois a posição parece excelente.

Parada, com o motor a trabalhar, a vibração é elevada, acelerando "chega-se para o lado" como um boxer. Mas ao arrancar, as vibrações quase desaparecem. A velocidades estabilizadas, vibra muito pouco.

Ao realizar um condução rápida, mas sem ser desportiva, a Breva mostra bem o seu encanto. Uma boa nota de escape, com o embrulhar em desaceleração, um binário forte que permite colocar as mudanças umas atrás das outras quase como uma mota de cross, parecendo que cai sempre na zona de binário. Claro que não tem o alongar de uma 4 cilindros, mas tem muito encanto. Curva que é uma maravilha, trava sempre o que queremos e dá muita confiança. As prestações máximas não são o seu forte, mas não desiludem ninguém.

Um ecrã frontal não lhe fica mal e existem malas para os viajantes.

Uma boa proposta, dentro do segmento a que se destina.

Cumprimentos,

Obrigado ao "testador" de serviço! Num passeio de MC do Porto cá em Trás-os-Montes, há um ano atrás, admirei uma Breva (mas numa versão mais fraquinha, já não me lembro se era a 750 ou a 850), conduzida pela Catarina Almeida. A moto é muito bonita. Devido à baixa distância do banco ao solo é uma bela candidata a "moto de gaja"! Tem como acessório de marca, os suportes e as malas laterais.

Zé Paulo.

TodayAdventure escreveu:Obrigado ao "testador" de serviço! Num passeio de MC do Porto cá em Trás-os-Montes, há um ano atrás, admirei uma Breva (mas numa versão mais fraquinha, já não me lembro se era a 750 ou a 850), conduzida pela Catarina Almeida. A moto é muito bonita. Devido à baixa distância do banco ao solo é uma bela candidata a "moto de gaja"! Tem como acessório de marca, os suportes e as malas laterais.

Zé Paulo.

Baixa distância ao solo, mas com um "estilo" de macho!!!

É a Catarina tem uma. Bem simpática essa moto. Pode ser que na passeata de amanhã a apanhe e logo vos direi a cilindrada, também, não posso garantir qual seja.

Esta e a Norge parecem-me mesmo excelentes propostas da Guzzi (para quando o teste da Norge Pedro?)

Quem teve uma naked sabe o que sofre (ventania) quando falamos de prestações acima dos 120, mas também são motos muito versáteis em termos de acessibilidade mecânica, não terem grandes problemas quando a menina desmaia...

Esta Breva, juntamente com a R1200 R são sem dúvida duas das roadsters (para mim) mais bonitas e carismáticas, que convidam a longos passeios sempre por estrada (sem AE)

freddy_krueger escreveu:Esta e a Norge parecem-me mesmo excelentes propostas da Guzzi

Não te está a faltar a Stelvio? A moto Trail mais equilibrada do mercado? (na minha opinião...)

freddy_krueger escreveu: que convidam a longos passeios sempre por estrada (sem AE)

E não é mesmo isso que a gente gosta Fred?

RuiSilva escreveu:

freddy_krueger escreveu:Esta e a Norge parecem-me mesmo excelentes propostas da Guzzi

Não te está a faltar a Stelvio? A moto Trail mais equilibrada do mercado? (na minha opinião...)

Pois, mas maxi-trais não me fascinam...acho-as pesadas e nada adaptadas a TT. Prefiria ter uma das duas que enumerei acima e uma XT,XR ou DR até 350cc para o TT...são bem mais leves,baratas e manobraveis, logo não temos tanto "medo" de lhe fazermos mal....lol..penso eu de que!!

freddy_krueger escreveu: que convidam a longos passeios sempre por estrada (sem AE)

E não é mesmo isso que a gente gosta Fred? [/quote]
Pois é mesmo isso!!!

A Guzzi tem excelentes produtos e tem uma imagem que a meu ver é bastante apelativa.
São motos que se destinguem das linhas tamagoshi das motos japonesas e assim são mais intemporais.
Como diz o Zé Paulo, a Catarina Aalmeida tem efectivamente uma Breva 750, que acho muito bonita.
Como moto turística tem tudo o que considero necessário:
Transmissão por cardan
Malas laterais
Boa autonomia
Pode ser dotada de ecran frontal
Infelizmente em Portugal a Guzzi nunca beneficiou da projecção das marcas japonesas, o que é uma pena.
Felizmente o nosso mercado começa a ficar mais maduro e as pessoas já começam a olhar as motos para além do factor show-off (moda) e assim começam a reparar noutras opções que apesar de sempre terem existido raramente eram consideradas na hora de comprar.

Temos piloto de testes.

Obrigado Pedro pela tua crónica.

freddy_krueger escreveu:Esta e a Norge parecem-me mesmo excelentes propostas da Guzzi (para quando o teste da Norge Pedro?)

Quem teve uma naked sabe o que sofre (ventania) quando falamos de prestações acima dos 120, mas também são motos muito versáteis em termos de acessibilidade mecânica, não terem grandes problemas quando a menina desmaia...

Esta Breva, juntamente com a R1200 R são sem dúvida duas das roadsters (para mim) mais bonitas e carismáticas, que convidam a longos passeios sempre por estrada (sem AE)

Melhor do que o teste, para quando um test ride aqui para a malta?

Sérgio Castro escreveu:

freddy_krueger escreveu:Esta e a Norge parecem-me mesmo excelentes propostas da Guzzi (para quando o teste da Norge Pedro?)

Quem teve uma naked sabe o que sofre (ventania) quando falamos de prestações acima dos 120, mas também são motos muito versáteis em termos de acessibilidade mecânica, não terem grandes problemas quando a menina desmaia...

Esta Breva, juntamente com a R1200 R são sem dúvida duas das roadsters (para mim) mais bonitas e carismáticas, que convidam a longos passeios sempre por estrada (sem AE)

Melhor do que o teste, para quando um test ride aqui para a malta?

Grande crava!!! Aviso já que eu também quero fazer o test-drive!!!